sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

60 ANOS DA HOMENAGEM AO SOLDADO DESCONHECIDO DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA EM LISBOA

        A 11 de Dezembro de 1960, faz hoje precisamente 60 anos, chegavam ao aeroporto da Portela, em Lisboa, as urnas contendo os restos mortais do pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB).





        As urnas, em trânsito entre Itália e o Rio de Janeiro, transportavam os despojos daqueles Soldados que fizeram o derradeiro e supremo sacrifício em prol de uma Europa e de um Mundo mais justo.

        Na aterragem do segundo de três aviões Douglas C-54 Skymaster da Força Aérea Brasileira (FAB), que procediam ao repatriamento dos corpos, deu-se um acidente que provocou feridos com alguma gravidade entre elementos da tripulação, tendo sido poupados os passageiros da Comissão de Repatriamento dos Mortos do Cemitério de Pistoias bem como as urnas. Entre os passageiros que voavam nesta aeronave constavam o General  Cordeiro de Farias e o então Tenente-Coronel Carlos Meira Matos. É de destacar que o acidente, que danificou por completo o avião, não ganhou outras proporções devido à acção directa e imediata de militares da Força Aérea Portuguesa que aguardavam a esquadrilha brasileira.



 
        No dia 12 de Dezembro, uma urna contendo os restos mortais de um soldado desconhecido da FEB foi escoltada pela Polícia de Segurança Pública e pela Polícia Militar até à Igreja de Santa Maria de Belém, no Mosteiro dos Jerónimos. Com todas as honras militares, esse Soldado, representante de todos os outros, foi homenageado pela Nação irmã, em cerimónia em que estiveram presentes o Ministro do Exército, o Chefe de Estado-Maior do Exército, os Sub-Chefes de Estado-Maior da Armada e da Aeronáutica, elementos dos Corpos Diplomático e Consular brasileiros e outras altas individualidades.
    
            Devido ao acidente de aviação, e para não atrasar o transporte das urnas para o Rio de Janeiro, que eram esperadas para a grande e emotiva cerimónia no majestoso pórtico que constitui o Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, as autoridades portuguesas disponibilizaram, através da Força Aérea Portuguesa, um outro avião Douglas C-54 Skymaster que voou até ao Sal, em Cabo Verde, onde então puderam embarcar numa outra aeronave da FAB que tinha ido ao seu encontro. 
    
        Graças a esta fraterna intervenção portuguesa, a cerimónia no Rio de Janeiro, em que pontificou o Presidente da República Dr. Juscelino Kubitschek de Oliveira, decorreu com a normalidade planeada.




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